Bee Girl

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Cultura em Sinais – Sábado, 01 de dezembro de 2007

É bom estar de volta...

Tudo acontece de uma vez... é sempre assim. Muitas coisas me levaram a ficar “fora do ar” neste tempo.
Como a maioria de vocês deve saber, nos últimos meses estive completamente envolvida em um projeto da faculdade intitulado como “Cultura em Sinais – Ouvindo o Mundo”. Minha dedicação por ele, chegou a pelo menos 80% da minha vida durante este período. Pode até ser que tenha sido exagero, mas a minha vontade de fazer algo bem feito é muito maior que a consciência de que preciso ter vida fora do trabalho e da faculdade.

O trabalho aborda o cotidiano dos deficientes auditivos, a inserção no mercado de trabalho, os relacionamentos afetivos e familiares. Depois de muitas pesquisas, entrevistas e visitas à instituições, escolas e pontos de encontros, chegamos à conclusão de que eles não se sentem inferiores ou menos capazes que uma pessoa ouvinte, mas que se consideram normais. O termo “especial” é aceito por eles, devido ao fato de terem os sentidos de tato e visão muito mais aguçados que o de uma pessoa normal. E é verdade. Tive a oportunidade de sentir isso, entrevistando o Eduardo. Percebi que quando começava a falar, ele se esticava inteiro para me ver. E perguntei o porque desta ação, e ele me disse que eu falava bem, de forma nítida e que pronunciava as palavras claramente, por isso ele lia meus lábios. Naquele momento pensei: “Puxa, como não percebi isto!”. E foi assim, descobrindo a língua de sinais, a cultura, esperança e perseverança destas pessoas, que o Cultura em Sinais ganhou um recomeço no último sábado. Considero a apresentação deste trabalho um renascimento. A equipe formada por: Bruna, Claudinéia, eu, Karina e Leandro quer manter este projeto vivo e que mantenha a função inicial que é informar e opinar sobre este mundo que parece ser tão particular, mas que na verdade é um universo completamente aberto aos que querem participar. Eles desejam isto!

A frase que escrevi para fechar a apresentação deste projeto não é tão genial, é simples, porém, difícil de aplicar-se à vida:

“O mundo só poderá se tornar harmônico se a humanidade compreender o verdadeiro sentido de igualdade e respeito.”