Bee Girl

quarta-feira, maio 23, 2007

Liberdade


Proprietários Do 3º Mundo
Dead Fish

Promessas eternas por cumprir
E mortos demais a esperar,
Sobre uma terra fértil à espera de mãos pra plantar.
Mas os punhos fechados e amargos dos proprietários do terceiro mundo.
São cegas demais... pra perceber
Mentalidade tacanha e assassina nas favelas do terceiro mundo.
Mortos, suicídios, chacinas somados é o que se vê.
Minério, violência, especulação.
Bens materiais a amar,
Prédios altos que mostrarão quão grande o tombo será.
Mas a ordem e progresso assassina dos educados do terceiro mundo.
São cegas demais pra se perdoar.
Mas o ódio e a fome dos sem-teto do terceiro mundo.
Justiça por caos podemos ver.
Liberdade..
Paz, força e coração...vida, amor, libertação...
um desejo incontido nas cabeças do terceiro mundo
Tudo isso virá se pudermos perceber...
que amar, viver, cantar, não será em vão.

segunda-feira, maio 21, 2007

Assassinato na Augusta: Intolerância entre punks e skinheads

Assassinato na Augusta: Intolerância entre punks e skinheads

Por Flávia Cesário

No dia 15 de abril, o jovem Ricardo Cardoso, 22 anos, foi cruelmente assassinado por um grupo de punks na Rua Augusta, altura do número 1.036, no Centro. De acordo com o irmão da vítima, Alírio Cardoso Júnior, Ricardo integrava um grupo de skinheads nacionalistas.

O rapaz foi brutalmente atacado com barras de ferro na nuca e facadas nas costas por um grupo de punks, conforme relatos de testemunhas. Elas afirmam que os integrantes do grupo usavam coturnos e roupas de couro, que simbolizam o movimento punk.

Ricardo teve oito ossos fraturados, e foi levado ao hospital por um homossexual, que ironicamente são perseguidos pelos skinheads. Cardoso não resistiu aos graves ferimentos e faleceu.

Um rapaz, que preferiu não ser identificado comentou sobre o assunto:

OI: Por que há essa rivalidade entre punks e skinheads? Há um choque de ideologias, pois os punks pregam o Anarquismo e os Skinheads são simpatizantes do Nazismo, este é o ponto crucial?
Na verdade esta rivalidade vem basicamente dos ideais racistas, homofóbicos e patrióticos dos skinheads, dos quais se distanciam cada vez mais da filosofia punk, que busca garantir as liberdades individuais.

OI: A partir dos anos 80, começaram a surgir movimentos esquerdistas dentro do movimento Skinhead. Esses tentam minimizar a imagem criada pelo movimento nas décadas de 60 e 70, e promovem ações contra o white-power e o homofobismo. Você acha que esse é um começo? Há muitos adeptos destes movimentos?

Sim, em certo ponto, pois creio que o que manche o movimento deles, seja justamente essa imagem inflexível de nacionalismo e falta de aceitação com a sociedade. Há pequenas ramificações como o Oi! que vêm de subúrbios e tem alguma ligação com o punkrock que traz de volta a realidade das ruas. Se há muitos adeptos a este movimento eu não sei dizer, mas a tendência é que cresça ao longo dos anos.

OI: Há perseguição por ambas as partes? Vingança e acerto de contas?
Geralmente há sim. Em 2006, a Band exibiu uma reportagem sobre este tema e colheram depoimentos de um grupo de White-powers que diziam seguir a imagem do movimento nos anos 60 e 70 se adequando ao nazismo contra todos aqueles que por eles não sejam considerados arianos puros. Ataques a homossexuais e negros são planejados. Por fim da matéria um deles disse: “Eu mato mesmo porque eles merecem!” Há perseguição de ambas as partes, fica até parecendo uma guerra civil, infelizmente. Há acertos de contas dentro dos dois movimentos aplicados pelas ramificações mais radicais.