Bee Girl

domingo, abril 30, 2006

Minha primeira reportagem

Enquanto eu preparo o texto tão aguardado sobre Amor, eu publico a minha primeira reportagem neste blog. Não é um grande texto. Tenho muito que aprender, afinal, ainda estou no 1º ano da faculdade e muitas coisas precisam ser aprimoradas.

Espero que gostem.

See Ya!!! ;)


Danuza Leão: uma mulher surpreendente

No dia 03 de abril, Danuza Leão apresentou uma palestra na Universidade Paulista – UNIP. Ela falou sobre sua vida e opinou sobre temas atuais como política, moda e sociedade.
No discurso de abertura da palestra, o Reitor da Unip, Prof. Dr. João Carlos Di Gênio, apresentou uma breve biografia e discorreu sobre as atuais atividades da escritora e definiu Danuza como uma mulher corajosa.
A jornalista do Globo News, Cristiana Lobo participou da palestra como mediadora e abriu espaço para perguntas da platéia, que contava com estudantes de Marketing, Jornalismo e Moda.
Danuza Leão nasceu em Itaguaçú, Espírito Santo, em uma família de classe média. Aos quinze anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Nessa fase, ficou amiga íntima de Di Cavalcanti. Aos 18 anos, tornou-se a primeira modelo a desfilar no exterior. Ficou amiga de ídolos como Vinícius de Moraes, Carlos Lira, Tom Jobim e viu a Bossa Nova nascer na sala de sua casa. “Não percebi o que estava acontecendo, a importância de tudo aquilo, pois estava muito perto”. Ela conta que Nara era uma menina tímida e que as minissaias utilizadas pela cantora, era ela quem trazia de Paris para a irmã.
Danuza iniciou sua carreira de escritora, após o aniversário de morte de Getúlio Vargas, quando a Folha de São Paulo a convidou para escrever uma matéria sobre Getúlio, por eles serem muito próximos. A matéria ficou tão boa que logo depois, vários convites surgiram para ela escrever em diversos veículos de comunicação da época. Após anos trabalhando como colunista e cronista em jornais, ela decidiu escrever seu primeiro livro: “Na Sala com Danuza”. Sucesso de crítica e vendas. Não demorou, e logo em seguida veio o segundo lançamento: “Na Sala com Danuza 2”. Ambos com dicas de moda e etiqueta. Danuza nunca imaginou que seus livros fariam tanto sucesso, considerando esse fato, uma surpresa.
O mais recente lançamento da escritora, é a sua autobiografia, “Quase Tudo”, onde relata a história de sua vida, que ela define como sofrida e turbulenta. Pôde contar apenas com a memória para redigi-lo: “Senti falta da história de meu pai, pois ele era muito repreendedor. Falava pouco do passado e não deixou nada escrito. Mas nos ensinou que deveríamos trabalhar para nunca depender de alguém. Ele tinha uma mente a frente de seu tempo”. Afirma ainda: “A única fonte de pesquisa foi a minha memória, não havia nada escrito sobre a história da minha família”. Danuza tinha um prazo de dois anos para entregar o projeto concluído. E ela pensava que não iria conseguir. Só conseguia escrever nos fins de semana. Aos sábados e domingos, trancava-se no quarto e não saía de lá por nada. Precisava ficar sozinha para escrever. Sua grande aliada, além da memória, foi sua capacidade perceptiva. Neste ritmo, Danuza finalizou seu livro em nove meses. Como ela confidenciou, entregou a obra a Millôr Fernandes que revisou o livro. Millôr disse a ela que estava perfeito, sem nenhum erro de gramática. Motivo de orgulho para a escritora, que nuca cursou uma faculdade.
Sempre bem-humorada, respondia às perguntas de Cristiana Lobo, com suas características marcantes: irreverência e sinceridade.
Questionada sobre o fato das adolescentes terem o desejo de se tornarem modelos, ela afirma que se deve ao fato do dinheiro e da fama. Pois, na sua época, ser modelo não era tão glamuroso e nem era possível ganhar tanto dinheiro como hoje.
Quanto às dicas de moda e etiqueta, Danuza, diz que para viajar, não é necessário levar muitas roupas, e que o segredo da moda é simplificar. Bastam algumas camisas básicas, uma calça jeans e uma bota para estar bem em qualquer lugar ou ocasião.
Assumiu sua fama de mulher machista. E ela explicou porque: “Acredito que deve haver igualdade entre homens e mulheres”. Confessou, que não tem paciência com crianças, simplesmente por não gostar delas. Conta que foi uma criança muito madura, com a mentalidade à frente das colegas de sua idade. Trocava brinquedos por conversas com pessoas mais velhas que ela.
Partindo para a política, ambiente em que ela sempre se encontrou, ela respondeu algumas perguntas de Cristiana Lobo e da platéia.
Sobre o PT, se diz decepcionada. Ela acreditava que Palloci era um homem sério e honesto. A saída de Palloci foi definida por ela como: “Esquisita”. Sobre Lula: “Ele é covarde, pois, quando a situação aperta, ele foge e se finge de morto”.
Ainda sobre política, Danuza incentiva e defende o voto, pois essa é única arma da população para mudar a situação do país.
Fechando a palestra ela dá um conselho aos estudantes de Jornalismo: “A pessoa que quer trabalhar nessa área deve ter curiosidade 24 horas por dia, em todo o momento. Tem que colocar a profissão em primeiro lugar, sempre”.
Em seguida aplausos calorosos à uma mulher de coragem.

sábado, abril 29, 2006

It's evolution, baby!

Mudei os planos. Não vou escrever sobre amor como havia prometido. A semana esteve mais ao lado de outros sentimentos como raiva e indignação.
Diante de algumas coisas que aconteceram essa semana, eu vou falar mais uma vez de política. Sempre estive nesse meio. Por mais que tentasse me afastar. Mas como tenho um pai que adora discutir sobre o cenário político eu não tenho escapatória. Política me deixa extremamente frustrada. Especialmente nos dias de hoje. Diariamente, são noticiados casos de corrupção envolvendo políticos. Aqueles em que a população acreditou e confiou. No entanto, somos enganados a todo instante. Apenas nos falta um nariz de palhaço. Não que seja difícil encontrar um nariz vermelho na primeira barraca de camelô. Alias, barracas de camelô é o que mais tem neste país, de mais de 100 milhões de desempregados. Ao contrario do que dizia Mario de Andrade em sua obra-prima Macunaíma, o brasileiro não é preguiçoso. O povo brasileiro não. O trabalhador honesto, chefe de família, não! Agora, acredito que a classificação de preguiçoso caiba mais aos nossos políticos. Isso sim!

É a evolução, baby! Sim é a evolução de um mundo que esta se tornando caótico. Estamos nos destruindo. Será que não percebemos ainda? Basta jogar um papel de bala na rua para aumentar o problema da poluição ambiental, que desencadeia inconvenientes como entupimento das bocas de lobo, que logo em seguida, em uma chuva torrencial, se transforma em grandes alagamentos e milhares de famílias desabrigadas.
A evolução do mundo esta desordenada e completamente fora de controle. Como no clipe da música Do The Evolution do Pearl Jam, o que importa é o enriquecimento e o status. Não importa como se chegará lá. Não importa se para isso seja necessário passar por cima de qualquer coisa. Até dos próprios familiares. As cifras estão ocupando o lugar de valores éticos e morais.

O Feirão de Imóveis da Caixa Econômica Federal foi amplamente divulgado. Diferentemente do que aconteceu no ano passado. Se o Governo utilizasse um pouco de lógica e bom senso realizaria o evento em um local mais amplo. Mas aconteceu totalmente ao contrario. Hoje presenciei a maior falta de respeito com as pessoas que estavam ali, apenas com uma esperança de conseguir adquirir a tão sonhada casa própria. O que vi foi extremamente revoltante. Uma fila enorme que dobrava quarteirões. As pessoas se amontoavam. Andavam, andavam e nunca encontravam o final da fila. Reclamei com algumas pessoas, organizadoras do evento e eles simplesmente riram da minha cara. Não sei dizer, se a escolha do local foi determinada pelo próprio Governo ou pela empresa organizadora do evento, que não foi divulgada. Pesquisei e não consegui saber. Agora falar que o Governo é o primeiro a tomar iniciativa e implantar um projeto como esse, que dá oportunidade ao povo de adquirir um imóvel próprio, não significa que não seja necessário reclamar. Não era necessário fazer com que as pessoas se amontoassem para entrar no evento, afinal, era gratuito. A fila tumultuou mais do que organizou. Precisamos reclamar do que está errado sim! A iniciativa é ótima, claro que é! Mas o desrespeito foi totalmente desnecessário. Como tudo que acontece no Palácio do Planalto foi uma desorganização completa. Realmente não esperava. Decepção e muito nervoso!

Tenho certeza absoluta de uma coisa: não vou me conformar nunca do que me é imposto. Se for preciso me arriscar, eu me arriscarei. Meu tio diz que ser Jornalista é perigoso, pois somos perseguidos. Então eu serei um desses jornalistas. Se eu tiver a oportunidade de falar o que penso e o que sinto, eu o farei! Não me calarei. Morrer, eu vou morrer mesmo. Mas quero deixar este mundo com alguma mensagem positiva. Não quero ser mais que alguém, mas quero fazer a diferença!

Para complementar o texto, abaixo a letra da música Do the Evolution, que está no ótimo e esplêndido álbum Yield de 1998.

I'm ahead, I'm the man
I'm the first mammal to wear pants, yeah
I'm at peace with my lust
I can kill 'cause in god I trust, yeah
It's evolution, baby
I'm a beast,
I'm the man
Having stocks on the day of the crash
On the loose, I'm a truck
All the rolling hills
I'll flatten them out, yeah
It's herd behavior, uh huh
It's evolution, baby
Admire me, admire my home
Admire my son, he's my clone
Yeah, yeah, yeah, yeah
This land is mine, this land is free
I'll do what i want yet irresponsibly
It's evolution, baby
I'm a thief, I'm a liar
There's my church
I sing in the choir:
Hallelujah, hallelujah
Admire me, admire my home
Admire my song, admire my clothes
'Cause we know appetite for a nightly feast
Those ignorant indians got nothing on me
Nothing, why?
Because, it's evolution, baby!
I am ahead, I am advanced
I am the first mammal to make plans, yeah
I crawled the Earth, but now I'm higher
Twenty-ten, watch it go to fire
It's evolution, baby
It's evolution baby
Do the evolution
Come on
Come on
Come on

sábado, abril 22, 2006

O dia de hoje e um relato de uma cena no Metrô.

Estou animada hoje! Acordei, liguei o rádio bem alto e fui ouvir minha coleção de discos do Pearl Jam. Os bootlegs estão aumentando.... falta é espaço na Cdteca... hehehe... mas isso é bom :P
Daqui alguns minutos, vou sair. Vou com papai e mamãe procurar apartamento, de novo. Sim, de novo! Mas acho que vai ser bom. Quem sabe não encontramos uma oportunidade incrível? Tomara!
Pensando na minha solteirice, lembrei de uma cena que presenciei no metrô, voltando pra casa, depois de um dia cansativo. Fiquei com náuseas:

Mulher, fazendo tipinho:
- Eu sei que você ligou pra aquela mulher. Eu não tenho ciúmes. Só estou perguntando se foi para aquilo mesmo. (não mencionaram o assunto, vai saber...)
O cara também fazendo tipinho:
- Docinho, liguei, mas não era nada demais. Não fica com ciúme. Eu só amo você. Você sabe né? (enchendo ela de beijinhos... que falso!)
- Ta bom eu finjo que acredito. Não vou brigar com você. Mas eu não gostei. (fazendo biquinhos, argh!)
- Ah, fofa eu sou somente seu. (Mais falso que nota de 3)

(O cara estava agarrando a sua amada namorada, enchendo ela de beijos, e olhando para a outra mocinha na frente dele! É um absurdo).

Depois disso, parei de prestar atenção no casal de idiotas. A mulher, porque é muita burra, totalmente dependente, pelo que parece, do amor do cafajeste. E o cara porque é muito sem vergonha e não tem o mínimo de respeito pelo sentimento dos outros e porque só pensa naquilo).

Resumindo: se for pra ter um namorado como esse. Eu prefiro ficar sozinha. Vendo esses tipos de acontecimentos, eu chego a conclusão de que estou feliz solteira. Pelo menos assim, não faço papel de idiota nas mãos de um cara que não vale o que come!

Amanhã escrevo sobre o que significa a palavra AMOR (no meu ponto de vista).
Beijos =)

sexta-feira, abril 21, 2006

A respeito de tantas coisas

Não disse? Passou uma semana e eu não consegui escrever uma sílaba sobre a semana. Passou rápido demais. Trabalhei muito. E estudei pouco. Minhas notas nas provas ficaram abaixo do esperado e desejado. Tudo bem. Eu só preciso estudar mais. E preciso de um pouco de paz. Um pouco de sossego. Estou de dieta, e não adianta. Não consigo perder peso, devido ao meu sistema nervoso. Nesses últimos meses tenho estado muito descontrolada. Minhas emoções estão como uma montanha-russa. E isso só me faz engordar. Péssimo. Mas tudo bem. Não me sinto tão feia... hahaha. Só umas gordurinhas me incomodam. Fazer o que? Ninguém é perfeito. Essa semana houve uma reunião com o chefão, Luiz Âmbar. Mais uma vez, ficou decidido que não vamos para o Uruguai. Quando isso vai acabar heim? Vivemos com a corda no pescoço. Que horror.
Mudando de assunto. A Monike foi para Londres estudar. E eu já estou morrendo de saudades dela. Preocupação, porque eu sei como ela é louca. Espero que de tudo certo pra ela. E que ela tome juízo, pois amo demais essa menina.

Mudando de assunto, estou lendo a Veja, da semana passada ainda, sobre o atual governo, cujo marketing, diz: “Brasil um país de todos”. Ou será somente deles? Corrupção, lavagem de dinheiro, bandalheira e roubo... muito roubo de dinheiro público. Nessas horas eu fico pensando, onde tudo isso vai parar. Fiquei enojada. Indignada. E as pesquisas do Ibope, Data Folha, FGV, ainda mostram que nosso Excelentíssimo Senhor Presidente é líder nas intenções de votos. Não consigo entender, é falta de informação? Ingenuidade? O que levará o povo a eleger o homem, que conforme denúncias, se beneficiou de toda a corrupção de seu Governo. E não adianta dizer que “não sabia de nada”. As provas estão aí. É triste, muito triste. Eu votei em Lula. Disse Lula lá. Havia uma esperança que ele poderia fazer algo de diferente, pois ele era do povo. O tiro saiu pela culatra. E o arrependimento veio. Me custa acreditar que existam políticos totalmente honestos. Acho que isso não existe em nenhum lugar do mundo. O que dizer a respeito de George W. Bush? Um idiota racista, burro e totalitário. O que me deixa mais aliviada é que não é somente no Brasil que o povo se “engana” a respeito de suas escolhas. Viva o Pearl Jam que deixou clara a sua oposição ao Bush no álbum Riot Act, com ótima canção Bu$hleager. Olha o Eddie aí:

















To cansada por hoje. Esses assuntos me estressam.
Moooo te amo amiga!!!

Resumo dos últimos dias

De uns tempos pra cá, decidi que iria escrever um livro. Não sei bem ao certo porque me veio essa idéia na cabeça. Mas ela amadureceu, logo após ter assistido uma palestra de uma Mulher, escritora e colunista da Folha de São Paulo, Danuza Leão.
Uma coisa que ela disse bateu de frente ao que precisava para me encojarar: “escrevam todos os dias sobre sua vida, o que você fez, o que aconteceu com você, pois isso pode ser útil um dia”. Logo percebi que é verdade. Seria legal deixar alguma coisa escrita para meus filhos. Um dia eles vão ler tudo isso e verão o que eu sentia, o que eu desejava, quais eram os meus sonhos, meus objetivos, meus medos... Enfim um tesouro!
Às vezes por falta de tempo, e às vezes até por preguiça, eu vou deixar de escrever alguns dias.

Ontem, 14 de abril, foi sexta-feira Santa. Nos reunimos (eu, meu irmão, meu pai e minha mãe) e fomos procurar apartamento. Sim, desde que me conheço por gente, minha mãe, em um dia como esse, prepara para o almoço, uma bacalhoada ou um peixe assado, devido ao jejum, tradicional para os católicos. Achei estranho, e até comentei isso com ela.
Estava feliz e animada com uma possibilidade que havia aparecido no bairro da Aclimação. Um bairro diferente do que estávamos procurando, mas que até agora, havia dado as melhores oportunidades de fechar negócio. Para achar a tal da rua foi um sacrifício e finalmente quando encontramos, nos deparamos com um prédio mal acabado em um beco, onde só havia pobreza, pode-se até dizer que era pior do que o local onde estamos morando atualmente. Na detestável Itaquera. E eu pensava que isso era impossível. Fiquei decepcionada. Eu queria acreditar, que por ser uma sexta-feira Santa, algo de diferente pudesse acontecer. Mas Deus sempre sabe o que faz! E não reclamo que os sinais tenham aparecido antes de um possível acordo. Seria bem pior com certeza.
O lugar era rodeado por pequenas casas, pessoas humildes, havia até um sofá no meio da rua! Meu pai ficou sabendo desse empreendimento através de um anúncio no jornal Diário de São Paulo, que ele costuma comprar todos os domingos, por ter um pouco mais de conteúdo que o Agora São Paulo e ser um pouco mais barato que a Folha de São Paulo. O anúncio dizia, que era uma construção nova, apartamentos prontos para morar, com área de lazer e solarium! Com preços a partir de R$90.000... no bairro da Aclimação, perto do Parque... que maravilha!, pensamos! E Aclimação fica perto de tudo, perto do meu trabalho, do trabalho do meu pai, da faculdade de tudo. Seria uma forma de sairmos de Itaquera e chegarmos mais perto de Santana. Seria uma ótima solução. Mas, que decepção! Preferimos ir embora. Quanto ao anúncio no Diário de São Paulo? Perca de credibilidade. Como uma empresa jornalística divulga uma propaganda enganosa. O prédio novo era um prédio velho, reformado com muito desleixo, provavelmente por algum picareta querendo lucrar, às custas do dinheiro conquistado com muito esforço, de pessoas como meu pai. Sai pra lá jaburu!
Deixando as coisas ruins de lado... Fomos almoçar no Restaurante Polar. O lugar que freqüento há tantos anos continua o mesmo. E lá eu me sinto em casa. Nada de clichês, luxo, frescura e regrinhas de etiqueta. Conheço os donos, da famosa padaria da esquina, aquela na esquina da voluntários, sabe? É assim que se referem ao meu restaurante favorito.
O garçom sempre simpático, que trabalha com amor e que todas às vezes me chama de linda! Quem vê pensa... (rs). O Seu Nelson e seu famoso café. Enfim aquele lugar tem um significado todo especial para minha família. Foi nesse lugar que meu pai e minha mãe se encontraram a primeira vez para comer uma pizza portuguesa. Era lá que íamos todos os domingos almoçar “fora”. E foi lá que meu pai sofreu o segundo infarto. Que seja o segundo e último. O Restaurante Polar ganhará um capítulo à parte nesse livro com certeza.
Mas agora vamos voltar ao nosso almoço de sexta-feira Santa que foi maravilho. Um pintado na brasa com arroz à grega que estava divino, além de um PF (prato feito) pedido por mim (arroz, maionese e peixe a milanesa) que estava igualmente divino, apesar de simples. É assim que tudo faz sentido na vida. É tudo que quero. Tudo que amo. Simplicidade.
Após o almoço, começamos nossa Via Crucis novamente em busca de apartamento na Zona Norte, mais uma vez, anotamos telefones, sites, enchemos a paciência dos porteiros pedindo informação, essas coisas que estamos ficando craques em fazer. Não resistimos. Fomos ao Mandaqui visitarmos o nosso tão desejado apartamento. O nosso sonho se resume naquele apartamento. Meu irmão que ainda não havia visto adorou. Nós adoramos. E de pensar que meus pais haviam visto aquele apartamento quando ele estava em fase final de acabamento. E dois anos depois, ainda existem apartamentos a venda. Queremos acreditar que um deles possa ser nosso. Para enfim, nosso sonho de tantos anos se tornar realidade.
Eu acredito nisso. Eu acredito em Deus. Por falar em Deus fomos até a Igreja de Santana. Quando entrei lá algo me emocionei profundamente. Nem sei explicar. Meus olhos encheram de lágrima. E eu só olhava pra imagem de Cristo e da Nossa Senhora das Graças, minha querida mãe. Me imaginei entrando na igreja vestida de noiva, ao lado do meu pai. E olhei pro altar e lembrei do Fabio. Quantas vezes sonhei estar casando com ele naquela igreja e quantas vezes eu pedi a minha mãe que iluminasse nossos caminhos, a fim de que isso realmente acontecesse. Eu o amava profundamente. Como nunca amei ninguém. Mas nossa historia simplesmente não aconteceu. E nossos caminhos foram traçados cada um para um lado. E eu me lembro dele às vezes. E eu sonho com eles às vezes. Estranho. Mas às vezes, eu sinto saudades dele. Um amor eterno.

15 de abril de 2006

Um sábado comum. Nada de novidades. Nada que posso dizer de relevante. Apenas uma tristeza incessante. Tive vontade de chorar várias vezes. Estava impaciente e com um peso nas costas que me puxava pra baixo. Queria ir embora pra casa. Estava no shopping e toda aquela confusão me irritava e me deprimia mais. Às vezes acho que não bato bem da cabeça. Ou sinto que sou muito diferente de todo mundo. Eu não me entendo às vezes ou quase sempre.

16 de abril de 2006

Domingo de Páscoa. Logo que levantei fui pra cozinha e tomei um café preparado com amor pelo meu pai. Queria limpar a casa logo. Queria descansar. Mas de repente me deu uma vontade de mexer em papeis. Aí comecei a organizar minha amada biblioteca. Mas achei tanta coisa inútil. Que comecei a separar tudo pra jogar fora. Terminei de limpar a casa bem tarde. Porém a sensação de missão cumprida foi ótima. Ajudei a mamãe fazer o almoço. Limpando casa, fazendo almoço e assistindo o Filme Maria – mãe do filho de Deus. Chorei assistindo a parte da ressurreição de Cristo. Nessas horas eu penso aonde irá parar a humanidade. Que os valores de hoje – são resumidos em cifras... e cifras. A humildade e dignidade são palavras pouco utilizadas em um mundo, que só se importa com status e fama. Nada além disso. É triste. Eu não quero estar mais aqui pra testemunhar o fim.
Domingo me dá tristeza. Por que o dia seguinte se resume em um dia árduo de trabalho. E de nervoso também. Sei que não posso ser egoísta e reclamar do meu emprego, pois esta difícil, mas às vezes penso em jogar tudo pro alto. Só não faço isso por causa da minha faculdade. E porque tenho sonhos muito maiores que quero conquistar e tenho consciência que se não for com esforço, não vou conseguir. Amanhã é um novo dia. E esperança é a ultima que morre.